sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Benjamin Button


Se há histórias, sejam elas sobre que tema for, mas em específico, histórias de vida, que sejam extremamente bem trespassadas para a grande tela, aura da sétima arte, uma dessas será concerteza a de Benjamin Button.
Não gabo o Srº Fincher em particular pela realização deste filme, Fight Club e The Game demonstram que os seus filmes se tornaram culto graças aquele toque pessoal que só ele lhes poderia ter garantido, mas O Estranho Caso de Benjamin Button poderia ter sido realizado por qualquer outra realizador a que poderemos chamar desde já pertencentes à "New Wave" cinematográfica, tenha-se por exemplo Christopher Nolan, Aronofsky, Richard Kelly entre outros.
Faço sim questão de reconhecer o argumentista, não pondo de lado o mestre F. Scott Fitzgerald, se por momentos podemos achar a história enfadonha, cheia de pormenores, com discursos prolongados e memórias que à primeira vista podem parecer demasiado transparentes, enganamo-nos profundamente, pois é nesses pequenos pormenores singelos que a beleza deste filme reside, nos pequenos actos rotineiros da vida de Button, dos seus amores e desamores, do impacto que um dos séculos mais fascinantes da história da Humanidade teve no seu percurso, e acima de tudo no julgamento pessoal da personagem principal em relação à sua posição no mundo, ao sentido contrário que as vivências tomam quando ao se envelhecer se torna mais jovem, e vice-versa. É nessa contrariedade de significados e sentidos que poderemos enxergar o modo como a nossa própria vida só faz mesmo sentido se for vivida da única forma que o pode ser, com circunstâncias inóspitas e agrestes que não poderemos jamais mudar, porque elas próprias acontecem porque assim tem de ser. Filme que nos intriga ao associar Benjamin à personagem que nasce com 80 anos e que caminha para juventude e que graças à mitologia e religião se tornou para nós sinónimo da pessoa mais nova duma qualquer família, o pródigo, o predilecto. A ironia, seja ela qual for só pode ser desvendada numa sala de cinema.
Brad Pitt demonstra aqui que não é só a cara bonita de Hollywood, tornou-se um actor maduro, coerente e com o seu estilo e presença bem enraízado, e Cate Blanchett? que dizer? simplesmente grandiosa e cada vez mais bonita, tornando-se assim a meu ver uma das novas divas de Hollywood, a caminho de altares e aplausos como por exemplo Hepburn e Garbo tiveram com todo o mérito.
8/10



5 comentários:

  1. por acaso, ainda não vi o filme, mas estou cheia de curiosidade..!

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  2. Esse filme é simplesmente maravilhoso. Sai da sala de cinema com a certeza que precisava de ver o filme mais uma ou duas vezes para captar toda a sua essencia! Adorei mesmo! :)


    Quantos ao Brad Pitt, pra mim há muito que ele não é so uma cara bonita! Senão vejamos filmes como 'Clube de Combate', 'Doze Macacaos', 'lendas de Paixão' e por ai fora!

    obrigada pelo comentario. es sempre bem vindo *

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  3. Com este post deixaste-me muito curiosa...E já agora digo-te que "Cinema Paradiso" é também, para mim, um dos filmes mais bonitos de sempre.O filme da minha vida!

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  4. Voltei para dizer que fui ontem ver "Milk" e fiquei rendida perante a estória, a História e a figura do activista gay.Simplesmente genial a performance de Penn e o ambiente épico das multidões ali retratadas!Vai ver!

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